sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

DOMINAR O EGO?

Uma amiga do FB me mandou recentemente a figura abaixo e seguiu-se o seguinte diálogo:


Minha pergunta: Quem é aquele que domina o ego?

Amiga: Acredito que seja a consciência. O que v. acha? Aquele que observa? 


Minha resposta: Na verdade a palavra "domínio" indica uma forma de luta, controle e repressão.
Portanto "aquele que observa" não deve "dominar", pois isso nada mais seria que colocar uma instância superior do próprio ego (ainda mais sorrateira, aprisionadora e ilusória) contra a instância corrente do ego inferior. 

Sim "aquele que observa" só será efetivamente um parceiro fundamental no caminho de transcendência da nova Consciência-Alma se fizer apenas, somente e TUDO ISSO: OBSERVAR; não julgar, não tentar mudar o mundo, não interferir, mas VER, se possível a cada momento. 

Ao fazer isso em profundidade e constância, RELATIVIZA cada vez mais o Ego-performance dominador que escraviza há eões nossa alma, abrindo assim frestas cada vez mais largas para a LUZ penetrar no nosso sistema.
E Ela sim - a LUZ MESMA - e não nenhuma ação reguladora partindo da nossa vontade, recolocará o ego em seu devido lugar qual seja: um instrumento servidor da VONTADE: 

“Ninguém vai ao PAI senão por mim”.

O ego não deve ser VENCIDO, isso não é uma BATALHA com dívidas, mortos e feridos. 

O ego deve ser RELATIVIZADO, SOB o: "Seja feita a SUA VONTADE" e SOB o: "Ele deve crescer e eu diminuir"

Paulo Azambuja

9 comentários:

euclides bagatoli disse...

Paulo, é isso que já viemos dizendo, sentindo...Essa constatação nos forlace.

Abraços

euclides bagatoli disse...

Paulo, é isso que já viemos dizendo, sentindo...Essa constatação nos forlace.

Abraços

Bruxa disse...

Sim, amigo Paulo. Acho que é isso mesmo. Uma constatação do que ocorre; a percepção do Ego em ação - sem julgamento . Acredito que isso aconteça no ¨durante¨ e assim vá rareando no ¨antes¨ até desaparecer. Será isso
( interrogação)
Circe

Paulo Azambuja disse...

É isso mesmo Circe.

Paulo Azambuja disse...

Pois é Euclides. Na verdade alguns de nós já sabíamos disso às vezes a decênios mas eramos muito poucos a colocar essas "coisas estranhas" e inclusive a maioria dos buscadores de então não entendiam e até hostilizavam (como hostilizaram o pioneiro Krishnamurty). O que agora é atualmente muito promissor é que vemos mais e mais pessoas e movimentos falando e aceitando isso.

Anônimo disse...

Olá Paulo. Acompanho 'meio que de longe' tuas postagens, e sinto que sois uma verdadeira seta no caminho.

Gostaria de saber tua opinião, visão e percepção para uma das grandes questões metafísicas que sempre esteve e estará presente em nosso viver.

Se puder ficarei imensamente grato.

Não me lembro "agora" a sequência correta, mas é algo assim: "O bem que quero e desejo fazer não faço, mas o mal que não quero e desejo, este faço".

Se não me engano foi Paulo de Tarso quem a formulou.
Acredito que não foi o primeiro e jamais será o último.

Existem muiiiiiitas outras, sabemos, e que tem tudo que ver com nossos egos. Sei disso!

Mas, como eu disse pra ti lá no Face, tudo gira em torno de sabermos que estamos na terra, sem sermos da terra.

Parece coisa de iniciante ou de alguém imaturo e ingênuo, mas sei se tratar de alguém "gonarante" como diz um amigo meu.

Paulo, terapeutas dizem as mesmas 'ladainhas' de sempre. Os bons livros ajudam pacas, é verdade, mas nunca foram 'chaves' eficientes (suficientes) que possam nos ajudar a atravessarmos o 'deserto da vida'.

Diga-nos, se puder: na tua percepção e visão existe mesmo diferença do grau, nível, estágio e ciclos em que nos encontramos? Existe mesmo as "777", as "77" e as "7" encarnações para o despertar da consciência? Você acredita nisso?

Como você lida com teu ego sabendo que ele é pura ilusão, e que, como disse Ramana, a raiz da coisa é sabermos o Quê somos, quem pergunta por detrás do questionador?
Ou como disse Paul Brunton, forças ocultas agem para que não fiquemos conscientes disso! Ou ainda como diz Trigueirinho, como a raça humana de superfície se perdeu em conjecturas superficiais, nos tornamos seres subservientes às forças retrógadas?

O que podeis nos dizer sobre estas coisas?
Te tempo "pra nós"?
Obrigado!

Anônimo disse...

Vou ler isso com mais calma. Numa "hora" mais "coerente"....rs!
Mas de cara gostei muito!

Paulo Azambuja disse...

Oi Amigo Gilmar.

Essa é uma fundamental frase GNÓSTCA de Paulo.

“O Bem que EU quero eu não faço;
o Mal que EU não quero esse sim eu faço.”

Então:

EU - quero o bem e não quero o mal.
eu - não faço o bem e faço o mal.

Portanto em nós, como microcosmos, existem duas naturezas, duas personalidades: uma, atualmente latente, aprisionada, é o EU que QUER O BEM, a natureza umano/divina original, e a outra atualmente em plena manifestação, é o eu que FAZ O MAL, a natureza adâmica humano/decaída.

Essa é a essência do dualismo do gnosticismo – duas naturezas convivendo e irreconciliáveis e
cuja única solução é o processo “joanino” de: “Ele deve crescer e eu devo diminuir”.

Na palestra sobre a “Atualidade do Cristianismo Gnóstico”, que pode ser assistida em clips na minha conta youtube, os fundamentos desse dualismo estão caracterizados.

Veja também o texto deste blog: Monismo ou Dualismo?

Quanto a uma ordem ou aritmética para o ciclo de encarnações não sou um “especialista” nisso, pois para o gnosticismo como no budismo original o importante não é conhecer muito os mundos dentro da “roda de Sansara” mas sim sair dela.

Um grande abraço

Renato Ribeiro Medeiros disse...

O ego será destruído se tivermos coragem de expor e admitir nossas fraquezas. Não é uma luta e sim uma rendição.