sexta-feira, 16 de agosto de 2013

"O Bem que eu quero, não faço..."



Amigos:

A "Roda de Samsara" é uma arapuca limitadora e aprisionadora tanto para a consciência do individuo quanto para a consciência do Planeta. Sempre de novo: nascer, crescer, viver, envelhecer, adoecer, morrer..., sofrida e inconclusivamente. 
Todos os acontecimentos atuais na sua dinâmica acelerada estão isso nos mostrando e é por isso que os acompanho aqui nesse blog, para aprender com eles que: "Meu Reino não é desse Mundo", não é dessa roda. 

Recentemente tenho postado vários artigos sobre esse aprendizado dos Limites que agora se desmascaram. 
Veja por exemplo a recente postagem nesse blog: "Do Egito Chamei meu Filho"

Pois bem, como já indiquei em: "Eckhart Tolle - Pode Haver Libertação no Egito?", postado na minha conta YouTube em 14/02/2011,  as consequências da situação do Egito já estavam claramente delineadas. 

Para ilustrar vou colocar um episódio significativo:

Eu trabalhava numa grande empresa estatal numa época de grandes agitações quando as privatizações estavam em pleno andamento e era grande a apreensão dos empregados.
Ali tinha um amigo totalmente engajado nas manifestações sindicais: organizava as manifestações, subia nos carros de som conclamando "à luta", participava das ações estratégicas, etc. 
Mas esse amigo, ao contrário do que poderia parecer, no trato diário e nas conversas e opiniões políticas e gerais era muito afável, ouvia e aceitava muito os diálogos e ponderações. 
Uma vez numa conversa em um almoço lhe fiz um apanhado da história das reivindicações até as mais radicais como as grandes revoluções e ponderei que depois de um ciclo mais ou menos longo a situação de opressão e sofrimento sempre voltava às vezes num momento futuro mais tecnologicamente sofisticado e, até mesmo por isso, ainda mais opressiva e que, na verdade, essa era a inescapável consequência da limitação fundamental da condição consciencial humana. 
Para minha surpresa o amigo foi aquiescendo com meu ponto de vista e acabei vendo que minha visão da condição limitada e, em última instância, inconsequente dessas ações, sob a ótica do homem e da história, era substancialmente compartilhada por ele. 
Sendo assim lhe perguntei qual a sua motivação em investir tanta energia nessa sua militância se sabia que em última instância nada seria fundamentalmente resolvido. 
E ele então me respondeu, para minha surpresa e para meu maior aprendizado da condição humana: "Quem disse que eu quero resolver, meu prazer é agitar"?  

Recentemente ouvi também isso na palestra que postei de Mathias Stefano sobre o papel, muitas vezes, tão somente demolidor da condição dos jovens índigo: "Matias De Stefano - Ater Tumti - A Herança Universal"

E assim aprendi que: 
"Para quem se encanta por BUSCAR a pior coisa é ACHAR".



Paulo Azambuja