terça-feira, 14 de maio de 2013

E=MC2 – A Manifestação e o Retorno



Amigos:

Como no artigo anterior nesse blog: O Bóson de Higgs - A “Partícula de Deus” ou a “Partícula de Authades”?’ continuamos a fazer uma relação gnóstica com os fundamentos cosmológicos da física a partir de como eles já nos chegam de forma popular ao largo dos extensos e intrincadíssimos modelos matemáticos de domínio exclusivo de algumas poucas mentes científicas. 

As grandes questões da existência relativas à busca de sentido sobre os objetos que nos cercam, principalmente na mais ampla visão da física e da cosmologia, instigam alguns seres humanos que, de um modo geral e segundo características próprias de suas tendências de percepção, as abordam sob duas perspectivas distintas e muito pouco integradas: 

A via da Cabeça - mente e raciocínio – A ciência.
A via do Coração - emoção e espiritualidade - A arte ou a Mística.

É aqui que abordamos uma terceira via de compreensão pela integração da percepção Coração-Cabeça, que sempre foi proposta pelo Conhecimento Vivo gnóstico. Damos assim um passo na compreensão das questões friamente propostas pela física,  esquentando-as, dando-lhes VIDA.  
  
Vimos no citado artigo os primeiros momentos da criação com a polarização primordial representada pelo FIAT LUX na qual a Luz,  pela sua propriedade limítrofe-manifestacional fundamental a Velocidade Absoluta (C), o Noivo, paira, sem interagir, por sobre as Trevas do PrincípioO Espaço Primordial, a VirgemNesse estágio a Virgem aparece como a Noiva pura imaculada, ainda intocada pelo Noivo.

“A Luz brilha nas Trevas, mas as Trevas não a conheceram”.

Mas Noiva e Noivo estão indelevelmente comprometidos e, portanto, o Casamento Sacramental primordial deve se concretizar para que o seu fruto - a Manifestação do reino de Deus, o Uni-Verso, se realize.

Para tanto num próximo passo da Criação o Noivo chama a Noiva, emite o SOM, O FIAT VOX.

É quando atenuando sua dinâmica fundamental lança-se com velocidades menores (V) que a sua Velocidade Absoluta(C) e produz desse modo uma vibração capaz de interagir com o Espaço fecundando-o e gerando a manifestação da MASSA que se estrutura na ORDEM manifestacional no que conhecemos como MATÉRIA (massa + estrutura).

Completa-se assim com esse FIAT LEX as condições necessárias e suficientes para um Uni-Verso VIVO, dinâmico e manifestacional.

O Diretor então comanda:  “Luz, Camera...” 

Falta-nos então falar da AÇÃO.

E é nessa Ação que surge acima das polaridades entre a Velocidade(+) e o Espaço(-), o terceiro elemento neutro( ), a ENERGIA

Chegamos então à famosa relação: E=MC2 (Energia é a Massa multiplicada pela Velocidade da Luz2)

Mas antes de tratarmos da gnósis que esta sob essa fórmula ABSOLUTA, que indicaremos como a “Fórmula do Retorno”, vamos desenvolver a gnósis da “Fórmula da Experiência Manifestacional” que trataremos como a tríade reduzida da Relação anterior onde a Velocidade da Luz Absoluta (C), é substituída pela Velocidade  Relativa dos Objetos Manifestados (V).  Nesse caso, estruturando e reduzindo temos:  E-M-V.

A Velocidade-Luz Absoluta (C) emite seus raios fecundadores mais lentos (V). Essa diferença, por uma questão que os físicos chamam de Simetria, tem que ser compensada. E isso, como vimos, acontece quando a Velocidade Relativa (V) faz o espaço “vibrar” e nessa vibração os bósons de Higgs se encarregam de compensar essa diferença (C-V) como MASSA.

Portanto a massa representa uma dicotomia: de um lado é a perda por condensação da velocidade original Absoluta, mas, por outro, é a Potência para se ir, dinamicamente, reconquistando esse estado de plenitude original perdido

Nesse “ir-se dinamicamente reconquistando o estado de plenitude original perdido” esta todo o sentido harmônico e cada vez mais consciente intencionado no Objetivo Criacional Original, Sagrado, da Manifestação Divina: “A Volta à Casa do Pai”.
   
É assim que estudamos na escola a massa em repouso como tendo uma Energia Potencial que quando posta em movimento, isto é ganhando velocidade, se transforma em Energia Cinética, cuja intensidade é tanto maior quando a velocidade em que a massa está sendo submetida. E esta intensidade é a capacidade daquela massa de produzir Trabalho, de se Manifestar, de transformar-se e de transformar o seu ambiente em miríades mutantes de formas, conceitos e experiências. 

Em suma, a ENERGIA em potência, quando a MASSA é movimentada, permite a Realização do sentido e da experiência de EXISTIR.

Mas o fundamental nessa manifestação é um outro elemento intrínseco ao Espaço Original que possibilita que todo o processo manifestacional seja gradativo sem o qual, no instante seguinte de se condensar, toda a matéria explodiria pelo total de sua energia como numa bomba atômica, sem nenhum potencial construtivo, manifestacional.

E é por isso que a física caracteriza neste espaço primordial, o Tempo, em um continuum indissociável: Espaço-Tempo.

Sem o Tempo não haveria gradação e então nenhuma possibilidade construtiva e experimental de manifestação.

Por outro lado enquanto estivermos usando a manifestação no giro desse triangulo E-M-V, surgirão todas as experiência típicas do Tempo na constante Roda de Samsara do Nascer-Crescer-Manifestar-Perecer, o que, em termos físicos, se coloca como Lei da Entropia que é a degradação final da Energia e, portanto, da Manifestação, exprimindo assim a Relatividade e a finitude do Universo.

Será esse o objetivo básico da Manifestação: tão somente girar e girar para o Nada, para o Fim, tipo: “é hoje só amanhã não tem mais” ou “pra tudo se acabar na quarta feira”?

Os materialistas acham que sim.
Mas nós aqui dizemos que não!

Isso porque se agora analisarmos o sentido da tríade original E-M-C2 veremos que há aqui uma diferença fundamental em relação à E-M-V pelo fato de incluir C, um termo não relativo, em sua dinâmica. Assim podemos dizer que o C aqui é a presença do Sagrado que impulsiona esse triangulo, não mais num movimento circular relativo e em última instância inconsequente. Temos agora em E-M-C2 uma circularidade em ascensão, uma espiral

E a física aqui é muito decisiva quando nos diz que a aplicação da cada vez maior velocidade relativa (V) à massa jamais poderá faze-la chegar à (C) pois que quando mais dela se aproxima a massa tende ao infinito.

Isso é mais um indicador físico do processo gnóstico que nos diz que a dinâmica experimental e transitória dos processos em E-M-V, os processos ditos monistas, evolutivos, jamais podem se transformar no processo dualista libertador E-M-C2 em que o C2 (ao quadrado) nos evoca:

“Se andares uma milha em direção a Mim eu te conduzirei por mais duas”.

Paulo Azambuja