sábado, 9 de março de 2013

RELIGIÃO E/DO DARWINISMO



Tenho evitado me manifestar sobre o cienticifismo ideológico do darwinismo, pois aprendi que qualquer colocação nesse sentido de um lado exacerba o patrulhamento de uma minoria militante do fundamentalismo materialista e de outro esbarra na indiferença da grande maioria que não esta nem aí para o impacto ético/cultural fundamental que a religião darwinista produz.

Há tempos atrás participei de um seminário que minha empresa promovia visando o aperfeiçoamento cultural de seus novos empregados quando pela primeira vez me deparei com todo o pacote da doutrina do neodarwinismo numa palestra ministrada por um muito bem titulado acadêmico.

Já tinha interesse em questões sobre a origem e desenvolvimento da vida e assim aguardei a palestra com bastante expectativa.
Fig I.1
Na época também aconteceu de ter me deparado com a imagem de uma mariposa que trazia em sua asa olhos de coruja e na conformação de seu corpo uma cara de serpente. 


Tudo impressionantemente magnífico, complexo, exato![Fig I]

 Agora consegui recuperar via google essa imagem quando  descobri inclusive que não era uma mariposa mas sim a Jequitiranabóia que é na verdade um inseto aparentado com as cigarras.

Fig. I.2
Sugiro inclusive que se você não tiver medo de pelo menos passar a desconfiar do dogma da aleatoriedade darwinista que de um passeio no google imagens - mariposas. 

Após a palestra pedi ao palestrante referências sobre estudos estatísticos publicados em pesquisas científicas que mostrassem a viabilidade matemática de uma formação aleatória ter produzido um desenho com tal complexidade.

Não respondeu à minha solicitação e limitou-se a dizer que a teoria já estava mais do que provada e que esse era o consenso da academia.

Então lhe observei que esse era o mesmo teor da resposta de minha antiga professora de catecismo quando eu quis aprofundar a questão da ressurreição, me dizendo na ocasião que essa era uma questão de fé já bem estabelecida.

E foi aí que pela primeira vez me toquei sobre a extensão da dissimulação ideológica do darwinismo.

De lá pra cá não vi em nenhum lugar, além da retórica dogmática de um catecismo materialista, minha questão ser respondida. Muito pelo contrário, como indicarei adiante, há trabalhos estatísticos definitivos que mostram categoricamente a inviabilidade de tal aleatoriedade.

Fig. II
O tempo passou até que recentemente me enviaram no FB, a figura de uma outra mariposa, essa agora com a colorida imagem de um perfil de águia. [fig II].



Então não resisti e coloquei no lugar de comentários da figura o seguinte texto: 

"Sabiam que para os materialistas darwinistas isso aconteceu por ACASO e que essa ideologia cientificista é ensinada como verdade a todos os jovens?

Como já deveria esperar seguiu-se uma série de comentários do estilo e teor das pontificaçoes na retórica fundamentalista darwinista aos quais fui então respondendo. 

Ao final deixei postado o seguinte comentário que vou mostrar aqui só para ilustrar como as coisas são quando se se propõe colocar o tema numa abordagem independente.

Eis meu comentário final ao meu interlocutor [realcei em negrito as palavras e termos que ele literalmente usou em seu comentário] : 

"Você basicamente disse que:

“Sendo eu um cristão e, portanto, me baseando na fé e não na razão ou no conhecimento e que por isso, embora contando com todo o seu respeito, precisaria conhecer melhor o tema do darwinismo que mesmo assim me arvorei em abordar, dando a você, que se considera meu imparcial interlocutor, a oportunidade de pontificar todas as suas verdades irrefutáveis sobre o assunto."
Sendo assim só me resta retirar minhas informações incoerentes e os meus pequenos erros de interpretação. 

Mas ao final levo ainda um seu magnânimo consolo:

“Se ainda assim, amigo, depois de tudo que você me disse, eu ainda me sentir a vontade com a ideia, embora não seja esse o seu caso, você consente que eu possa continuar a considerar a evolução como um efeito posterior à criação da vida por uma entidade divina.

Ainda bem! Aleluia irmão!" 

Esse episódio me fez decidir trazer para esse blog um texto que já tinha arquivado ha alguns anos. Quanto mais não seja em homenagem às mariposas.

Neste trabalho as minhas possibilidades racionais e argumentativas para abordar esse assunto estão todas aí e, sendo assim, não terei mais nada de fundamental a acrescentar, e menos ainda a polemizar.

RELIGIÃO E/DO DARWINISMO 

A contenta entre dois fundamentalismos dogmáticos: o criacionista religioso e o materialista darwinista já vem desde o séc. XIX e hoje só tende a mais se radicalizar.

Aqui me proponho a considerar esse assunto com objetividade, fatos e dados. 

Criacionismo x Darwinismo

Os debates e contentas que historicamente têm sido travados sob esse tema não tem se constituído verdadeiramente em legítimos diálogos entre Religião e Ciência em benefício da Vida, mas, ao contrário, se caracterizam por uma antiga e desgastada disputa de poder entre uma distorção de ambas - tanto da Ciência quanto da Religião - que saíram de seus respectivos espaços legítimos e de seus limites de competência no intuito de monopolizar e interferir ideologicamente na busca legítima, que deveria ser livre (mas não é), das verdades existenciais, por cada um de nós, submetendo-nos a seus  jargões, dogmas e rótulos.

Vida

Fig. III- Fernado Pessoa

A vida é uma propriedade de todos desde a ameba até o ser humano, mas o ser humano é o único que considera a vida de modo auto-consciente, isso é, que se preocupa com ideia VIDA em si e por si mesma e com o sentido de sua existência. É capaz inclusive de sofrer profundamente somente com o peso do próprio fato de existir.

Sendo assim é indispensável que o ser humano passe a ter cada vez mais consciência da necessidade de ter uma auto-atenção investigativa profunda quanto à sua existência: O que sou eu? Porque estou aqui? Qual o sentido da vida? Qual o sentido da morte? Qual o sentido da existência do mal?

Essas questões são explicitadas e investigadas por muito poucos, no entanto todos sofrem o seu peso e a sentem como uma tensão latente.

Tal é a complexidade dessas questões e o seu impacto fundamental que em todos os tempos o ser humano é apoiado na sua busca existencial por outros seres humanos que, com sabedoria, se dedicam a compartilhar com ele suas experiências, percepções e sua gnósis.

Esses seres apoiadores atuam nas verdadeiras e profundas raízes das religiões, na verdadeira ciência  -aquela que se fundamenta no crivo do método científico-, na arte, na filosofia, etc.

Enquanto aqueles seres que buscam auto conscientemente essas verdades podem ser direta, autônoma e interiormente ajudados, os muitos outros que mantêm suas questões existenciais reprimidas a um nível subconsciente, passam instintivamente a delegar essa, que seria uma sua auto responsabilidade existencial, a autoridades, ídolos, dogmas e instituições externas.

Desse modo ficam reféns de uma estrutura totalitária dogmática que se manifesta não só em doutrinas pré formatadas mas também em ações mais ou menos violentas, repressoras, dependendo da época e da ocasião.

E isso só ocorre porque muitos seres delegaram a essas entidades externas o direito de lhes lançar pacotes prontos de jargões e rótulos colocados como se fossem “verdades” existenciais ou científicas que eles mesmos deveriam validar e que, por preguiça ou omissão, não o fazem.

E assim essas instituições e ideologias vão cada vez mais se alastrando e cada vez mais embotando a livre auto avaliação existencial das pessoas num processo degenerativo progressivo. E isso está muito visível em nossa época.

Para fechar essas breves reflexões sobre a Vida é muito oportuno ficarmos com a citação de Henry Poincaré (matemático, físico e filósofo francês):

Duvidar de tudo ou crer em tudo: são duas soluções igualmente cômodas, que nos dispensam ambas de refletir."

Religião 

No século I um o filósofo judeu Filon de Alexandria escreveu sobre as seguintes passagens da Gênesis: 

“No capitulo 1 da Genesis é dito que Deus criou o mundo em seis dias, os animais no quinto e por último o Homem, no sexto dia. Já no capítulo imediatamente seguinte, o cap. 2 é dito, ao contrário, que o Homem foi criado primeiro antes de todas as coisas.” 

Há diversas passagens na Bíblia que entendidas literalmente são mesmo contraditórias. Isso só demonstra claramente que a Bíblia, assim como todos os outros livros sagrados cristãos e de outras religiões, não estão ali descrevendo fatos literais, mas sim narrativas simbólicas, alegóricas, porque é só desse modo que conseguem transmitir as coisas transcendentes que lhes são próprias com o vigor, profundidade e eficácia convenientes.

Segundo a interpretação de Filon, o capítulo 1 é uma alegoria da criação do universo e do significado da existência enquanto que o capítulo 2 coloca simbolicamente a falibilidade da natureza humana. 

Também no sec. IV o chamado 'doutor da Igreja', Agostinho de Hipona, que havia anteriormente pertencido à seita gnóstica dos Maniqueus, disse que os autores da Gênesis estavam tentando transmitir verdades incomensuráveis; advertiu para o erro e a impropriedade da interpretação literal da Bíblia que só a descaracterizaria. Agostinho também disse que Deus não é temporal e existe para nós aqui no tempo como um processo que evolui.

No início do cristianismo um grupo significativo de cristãos também entendia a própria história de Cristo não de uma forma literal, mas de modo totalmente simbólico e arquetípico. Eram denominados Gnósticos (os que conhecem) e já se diferenciavam de grupos proto ortodoxos que concebiam muito mais literalmente a história de Jesus.

Essa situação está muito bem caracterizada no livro premiado, em reedições contínuas já hà mais de 20 anos: “Os Evangelhos Gnósticos”, Elaine Pagels, PHD, professora de história das religiões da Univ. de Princenton.

No século IV os grupos cristãos que representavam o pensamento proto ortodoxo, muito mais literalista, mais institucionalizado e hierarquizado, que baseavam toda sua relação na autoridade inconteste dos bispos e na obediência total dos fiéis a essa autoridade (muito diferentes portanto dos gnósticos), ganhou o poder imperial a partir da conversão do imperador romano Constantino.

Daí em diante esse grupo passou a exercer o poder absoluto com força, intimidação e mortandade até o século XVIII quando, com a revolução francesa, teve seu poder bastante diminuído.

E assim os profundos e sagrados fundamentos da verdadeira feição Relig-iosa do cristianismo se degeneraram numa estrutura totalitária de poder que impunha, pelo medo e pela ignorância, o monopólio absoluto de uma 'verdade' distorcida em nome de um deus que havia sido descaracterizado quase que completamente. E os amargos frutos desses 1700 anos de engano e opressão estão sendo colhidos HOJE.

E quanto a essa descaracterização de deus veja o clip que traduzi e legendei do eminente sacerdote gnóstico e acadêmico yunguiano Stephan Hoeller : A Batalha sobre Deus - Uma posição gnóstica. 

A declaração do cardeal Bellamine que em 1616 constante do processo da inquisição contra Galileu: "Sob o ponto de vista da religião a Terra é o centro do Universo", ilustra bem a situação totalitária vigente na época. [Veja no Quadro II mais adiante.]

Também a partir do sec. XVI com a reforma protestante a Bíblia passou a ser traduzida em diversas línguas e interpretada de diversos modos sendo que, como temia Agostinho, passou a ser cada vez mais vista de forma literal, pois essa é a forma que corresponde ao estado de consciência da maioria das pessoas.

Um exemplo emblemático desse literalismo reducionista pode ser visto no bispo irlandês James Ussher que depois de anos calculando números e genealogias constantes na Bíblia chegou a conclusão que deus criou a terra em 22 de outubro de 4004 AC!

Essa visão literalista, dogmática, reducionista e sectária só veio a se agravar com o tempo principalmente a partir dos protestantes fundamentalistas americanos no sec. XX.

E assim formou-se o perfil completo do tipo de religião que é a antagonista constante nas contentas com o darwinismo e que se baseia nos seguintes postulados:

1 - A Bíblia e só a Bíblia trás tudo o que o ser humano precisa saber existencial, científica e praticamente. E assim se reeditou no protestantismo fundamentalista o mesmo totalitarismo romano dominante até a revolução francesa, só que agora não mais sob o jugo da autoridade absoluta do papa,  mas sim sendo substituído pelo jugo da autoridade absoluta da literalidade e exclusividade da Bíblia.

2 - Deus atua a cada instante no mundo e é constantemente invocado para resolver inclusive os problemas do dia a dia de cada um: saúde, amores, dinheiro e, inclusive, para abençoar seus canhões.

3 - As instituições religiosas devem se fortalecer inclusive financeiramente e são através de seus pastores e sacerdotes as guardiães da única e verdadeira palavra de deus, e quem a elas se filiar ganha o passaporte exclusivo da salvação.

4 - O mundo foi criado por essa concepção de deus em seis dias trazendo a vida em pacotes prontos e acabados e aqui colocados. E a idade da Terra é a idade bíblica de cerca de 6000 anos.

5 - O Ser Humano é, literalmente, a imagem e semelhança desse deus, e, portanto, não tem nenhuma relação de precedência que o ligue aos animais menos ainda aos macacos.

A constante disputa entre esse tipo de religião e o darwinismo tem sido uma propaganda muito vantajosa para o aumento do prestígio do darwinismo.

Também, com um antagonista como esse quem precisa de amigos? 

Ciência 

No sec. XVII o jugo da religião sobre a cultura ocidental já vinha se tornando insustentável mediante as constatações objetivas de alguns cientistas e filósofos, sendo a cosmologia a área onde essas divergências mais se acentuavam.

Dessa necessidade objetiva racionalista foi se forjando a ciência, nos moldes em que é hoje exercida. Criou-se um protocolo lógico, rígido e objetivo, bem definido, de constatação e aferição, que como um todo é chamado de método científico.

A partir dessa formalização da ciência, suposições, divagações devaneios,  crenças, insights só serão consideradas verdades científicas objetivas, após serem validadas rigorosamente por esse método. E esse é o espaço legítimo da verdadeira ciência.  

O primeiro grande monumento da ciência moderna construído rigorosamente sob esses protocolos foi a Física de Newton (publicada em 1687)

Com a revolução francesa (1789 a 1799) o jugo do monopólio da religião do deus cristão romano veio a se relativizar e um grupo de revolucionários chegou mesmo a erguer uma estátua à um novo objeto de culto: a "deusa Razão". 

A partir daí, como uma natural reação extremada em sentido oposto, ganhou força como ideologia o materialismo reducionista, que proclamava que ‘Tudo’ se explicava pela matéria (mais uma vez o ‘Tudo’ trazendo a mesma ideia monopolista sectária). O “Tudo se explica pela Igreja (ou pela Bíblia)” foi substituído pelo “Tudo se explica pela matéria” (Freud explica! Marx explica! Einstein explica!...). E assim na verdade nada mudou na essência do pensamento totalitário, pois somente um “Tudo se explica por...” foi trocado por outro “Tudo se explica por...”.   

E como a ciência passou a ser considerada pelos cientistas o braço operacional desse materialismo reducionista o “Tudo se explica por...” passou a ser: “Tudo se explica (ou virá a ser explicado) pela ciência”. (Aqui me lembrei de um antológico monólogo em que o Alberto Roberto personagem do Chico Anísio se lamentava: “Tudo Eu.... Tudo Eu...”)

A física logrou com a teoria de Newton um grande tento na afirmação da racionalidade objetiva tirando do deus da religião a posse e o controle operacional da matéria, o que, para os gnósticos, desde o sec. I, nunca foi mesmo para ser atribuído à ideia de Deus e da Religião como a entendiam e praticavam. Mas para os fundamentalistas ortodoxos esse foi um golpe profundo.

Quanto à vida, a ciência até então não tinha nada a dizer e assim, incomodamente, por falta de concorrência o deus das instituições religiosas e a interpretação literal bíblica continuavam a dominar nesse terreno.

A partir de 1673 isso foi mudando. Inventou-se o microscópio permitindo que Robert Hooke descobrisse a “célula”. Foi também Hooke quem primeiro concebeu ligações entre as espécies propondo uma relação evolucionista entre elas. Durante todo um século após essa proposta foram continuamente acumuladas provas sobre essa hipótese evolucionista pelos naturalistas, e recrudesceu então o conflito com o dogma religioso de um criacionismo estático, conflito esse que perdura até hoje.

Mas foi Lamarck (1744-1829) na França que lançou a primeira conjectura sobre uma teoria evolucionista logicamente coerente segundo a qual as características adquiridas pelos pais, com suas experiências e necessidades em relação ao meio, seriam paulatinamente transmitidas aos descendentes. Mas essa ideia até hoje é uma hipótese não confirmada pelos padrões científicos. 

O primeiro grande desafio ao dogma religioso literalista veio de James Hutton, o pai da geologia moderna, seguido de Charles Lyell (1830) que estudando as camadas geológicas verificaram terem elas se formado em milhões de anos, e desse modo desalojaram definitivamente a escala temporal bíblica fundamentalista das discussões sérias.

E assim foram surgindo evidências incontestáveis dessa escala temporal científica e também, pelos fosseis achados em camadas geológicas, evidencias da diversidade da vida nessa escala temporal, numa EVOLUÇÃO isso é numa progressão dinâmica da vida em crescente variedade e complexidade por uma escala temporal geológica. Essa ideia se generalizou e pressupôs um ancestral primitivo comum (que hoje em dia se tem como “primeira célula com DNA”)

Portanto é um fato científico desde então que toda a variedade e complexidade da vida surgem em EVOLUÇÃO e isso já é um acervo incorporado ao patrimônio científico. O que pode acontecer no futuro, como aconteceu com a física de Newton, é que sejam sobrepostas novas camadas mais generalizadas sobre esse acervo. 

Darwinismo 

É preciso sempre enfatizar, e o expomos acima, que a ideia de Evolução já existia em sua estrutura geral e já era inclusive uma ideia cientificamente atestada pelas evidências geológicas e fósseis, antes do lançamento da Teoria de Darwin

Darwin não propôs e nem desejou propor nenhuma teoria para provar a evolução, pois essa já estava então, como vimos, convenientemente provada.

A proposta revolucionária de Darwin, e que causou grande impacto na comunidade ideológica do materialismo, foi que a sua teoria propunha um modo inovador, um mecanismo recursivo, para explicar como a evolução se processava. E mais, sua hipótese afastava qualquer ideia de transcendência e mesmo de consciência desse processo. 

Darwin jamais chamou a sua teoria de “Teoria da Evolução” exatamente para que não a confundissem com outras ideias e teorias (como a de Lamarck, por exemplo) que já tratavam desse assunto e com as quais Darwin não queria se ver confundido. 

Os Criacionistas sempre brigaram a briga errada, pois insistiam e insistem em afirmar sua ideia contrária a esta dinâmica evolucionista, numa contestação absurda frente às evidências cientificas da estrutura e da idade da evolução.

Por isso perdem sempre de goleada já há mais de um século qualquer debate.

Mas o fato de você viver tendo razão sobre um outro cara muito mais errado só significa com certeza que você está menos errado que ele, mas não prova que você esta certo.

Vamos então ver agora, passo a passo, didaticamente, os elementos básicos da teoria Darwinista (e atualmente com os acréscimos neodarwinistas) chamada por Darwin de “Sobre a Origem das Espécies” (e não teoria da evolução como agora todo mundo a chama, e não tem mais jeito).

Como disse, a inovação revolucionária de Darwin foi uma proposta que daria conta da disseminação e variação das espécies como um mecanismo dinâmico logicamente articulando três elementos básicos. 

Para ilustrar de forma mais simples e fundamental esse mecanismo me vali de meus antigos “talentos” como estagiário de informática e produzi este fluxograma básico para caracterizar os elementos e a dinâmica fundamental desse processo darwinista:

Quadro I

[1] Tudo começa com uma MUTAÇÃO ALEATÓRIA. Já agora com o neodarwinismo esse elemento ideológico PRIMORDIAL da teoria diz que todas as diversidades começam com uma mutação aleatória isso é sem nenhuma intencionalidade nem consciência que por motivos naturais fortuitos produz uma alteração no DNA de alguma célula reprodutora envolvida num ato de reprodução.

Esse ato de reprodução resulta no nascimento de um descendente que traz aquela mutação incorporada na sua genética o que resulta numa PEQUENA VARIAÇÃO na funcionalidade desse novo rebento. Sabe-se que a maioria dessas mutações observadas são deletérias. Mas por hipótese algumas raras podem ser úteis, embora sempre não intencionalmentte, produzindo um ser com atributos de um diferencial potencialmente positivo em relação a sua sobrevivência e reprodutividade no ambiente. 

[2] Então esse ser assim nascido é submetido a uma SELEÇÃO NATURAL que ‘verificará’ sua aptidão para sobreviver, e isso é uma uma força de expressão pois não há aí nenhuma consciência verificadora que decide nada, mas unicamente uma lei natural, conciencialmente cega, que contempla a sobrevivência do mais apto segundo os complexos requisitos do meio ambiente. Esse mecanismo de “decisão” inconsciente natural, “reprova” a maioria das vezes aquele ser mutante extinguindo a sua consecução -caixa [3.2]. 

[3.1] Mas pode também acontecer do mecanismo “aprova-lo”(lembrando sempre que não intencionalmente) e nesse caso mais um elemento inovador na diversidade da vida passa a compor o vasto ambiente da EVOLUÇÃO.

E o processo continua sempre num continuum temporal de pequenos passos de cada vez: [1][2][3]...[1][2][3]... [1][2][3]...

É um mecanismo cativante pela sua simplicidade e elegância, mas...

No diagrama do Quadro I vemos a EVOLUÇÃO como um depósito no qual vieram processualmente à vida todas as espécies que povoaram a Terra até hoje. Esse item para a teoria de Darwin já era considerado (pelas provas já existentes na época como citamos) um dado científico. Mas na verdade, para que sua máquina funcionasse dando conta da dinâmica do processo que propôs, Darwin teve a necessidade, de propor dois novos requisitos restritivos específicos na ideia geral de evolução então existente: 

[R1] O primeiro é que a evolução teria que se dar em pequenos saltos, restrição essa que, já no sec. XX, mais se acentuou com a mutação aleatória do DNA tida como fonte de toda a mudança.

[R2] O segundo é que não haveria interrupção (gaps) no tempo, na dinâmica da evolução, isso é, ela deveria ser contínua no tempo.

Embora a evolução em geral seja, como vimos, um fato cientificamente incontestável, essas duas condições operacionais acrescentadas por Darwin não tem sido confirmadas, tanto nos registros fósseis - pois não há elos suficientemente aproximados (contrariando [R1]) - como nas camadas geológicas - pois há claramente eras de quase cessação da vida seguida de outras de  grande explosão de novas espécies (contrariando [R2]) - o que não atende ao continuum requerido pelo darwinismo.

Já quanto ao mecanismo de SELEÇÃO NATURAL, o que se pode dizer objetivamente é que nada se pode afirmar sobre os critérios que tornem uma nova espécie selecionada ou não pela Seleção Natural , a não ser num caso limite tal como numa mutação que gere aleijões, fracos, estéreis, etc .

- Então, o que é Seleção Natural?
- É um mecanismo que seleciona.
- Mas, seleciona quem?
- Os selecionados.
- Ah, bom!

Se observarmos na natureza o conjunto dos sortudos  “selecionados” vemos: os fortes e violentos (as feras, o dragão de cômodo) ao lado dos mansos e fujões (as gazelas); os que produzem uma prole numerosa (os ratos) ao lado dos que tem uma dificuldade imensa de procriar (os ursos Panda); os super ágeis como o gepardo ao lado dos devagar-quase-parando tipo bicho preguiça; os chamativos (uma lagarta coloridíssima bem destacada da folha) e os dissimulados  (uma lagarta do tom e da forma da folha), os malandros, como cuco europeu que põe seus ovos no ninho de outros para ser chocado e alimentado, e os otários, como o pequeno acetor inglês que choca e alimenta os gigantescos ovos e filhotes do cuco, e assim por diante.

Então, segundo o que se vê, se você quisesse ser um feliz “selecionado” você teria que ser um manso violento, um corajoso fujão, um prolífico infecundo, um ágil moroso, um chamativo dissimulado e um otário esperto...
Entendeu?

O que isso quer dizer é que não se sabe quase nada dos critérios sob os quais a tal seleção natural se faz a não ser que os doentes e mal formados - mutações deletérias - certamente morrem cedo e não vingam.(pelo menos se não for um rebento humano da classe dominante)

E agora sim vamos ao fundamental desse modelo, o princípio essencial, sem o qual não haveria nada a selecionar (seja o que for que seja essa tal seleção): A MUTAÇÃO ALEATÓRIA, o componente ideológico do darwinismo. 

Segundo o darwinismo o processo que produz novas espécies é um processo paulatino construído por sucessivas pequenas mutações genéticas aleatórias isto é por acaso, surgidas nessa caixa Fundamental da Mutação Aleatória[1] que então passam pelo crivo da Seleção Natural[2] que então as fixa (ou não, no caso [3.2]) ao ambiente como o grande acervo da Evolução[3.1]. 

Evidentemente no seu tempo quando Darwin propôs as mutações aleatórias ele não tinha nenhuma ideia de como elas se produziriam. Só bem mais tarde com o neodarwinismo, o palco geral de todo o processo dessas mutações foi postulado como pequenas mutações aleatórias na replicação do DNA.

O darwinismo "aos costumes"

A consequência filosófico/moral desse processo de origem das espécies fundamentado na aleatoriedade é que a origem da Vida, da Existência, não tem nenhuma consciência, nenhum objetivo, nenhuma intencionalidade, nenhum juízo de valor.  


E quando eu me proponho a abordar essa questão, como questão fazendo nesse artigo, é tão somente por entender o caráter deletério, nefasto na formação da consciência moral e existencial humana que essa não intencionalidade produziu.   

É mais ou menos como naqueles versos do Chico Buarque: "O que será, que será?":

[Um extrato] 
O que será, que será?
Que esta na natureza...
O que não tem certeza nem nunca terá...
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido...
O que será, que será?
E mesmo o Padre Eterno que nunca foi lá
Olhando aquele inferno vai abençoar
O que não tem governo nem nunca terá
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem juízo... 


Não é, portanto, sem fundamento que essa filosofia existencial (e não ciência) darwinista embase as mais amorais propostas de "seleção dos mais fortes"-os novos arianos ou o povo eleito do darwinismo- dissimuladas (às vezes nem tanto) numa Sociologia Facista Darwinista: "A Sociobiologia" . 

E aqui, de novo:
- Quem seleciona?
- Os mais fortes.
- E quem são os mais fortes?
- Os selecionados.
 

- Entendeu?
- Não?!
- Então CORRA! 

 Aceitar as premissas da aleatoriedade darwinista implica em  arcar com as consequências lógicas que lhes são inerentes e assumi-las. E isso alguns eminentes darwinistas fazem, preservando assim sua coerência, mas abrindo mão de qualquer pudor, como nos dois exemplos a seguir:

 
O próprio Darwin publicou: "Em algum período futuro não muito distante se medido por séculos as raças civilizadas do homem quase que certamente irão exterminar e substituir as raças humanas selvagens por todo o mundo."  [Darwin, Descend of Man (1871) vol 1 pag 201].

Também um grande expoente darwinista, James Watson, prêmio Nobel descobridor da estrutura do DNA, em declarações ao Sunday Times afirmou estar "inerentemente pessimista quanto às perspectivas para África", porque "todas as nossas políticas sociais baseiam-se no fato de que a inteligência deles é a mesma que a nossa, enquanto que a prática revela que não é assim". Disse ainda desejar a igualdade de todos os seres humanos, mas acrescentou que "as pessoas que têm de lidar com empregados negros não acreditam nisto". 

É importante notar que essas e tantas outras declarações de destacados biólogos não tem nada a ver com biologia, mas sim são por eles formuladas em áreas do pensamento (filosofia, antropologia, religião, ética, história...) para as quais não tem nenhuma titularidade acadêmica específica. 

Portanto, na verdade nesses outros contextos estranhos às suas qualificações são tão somente mais outros tantos interessados "palpiteiros" ou no máximo buscadores interessados como de resto somos todos nós "simples mortais", só que, por uma distorção da propaganda, conseguem fazer ainda prevalecer sua autoridade "científica" mediante a transferência indevida de prestígio, calcados na pretensão e empáfia de sua ideologia existencial que supõe lhes conceda uma sabedoria pansófica.    

Aos adeptos da aleatoriedade fica o consolo do grande arauto do darwinismo, Richard Dawkins, que numa entrevista na feira do livro de Paraty em 2008, muito coerentemente com os princípios que enfaticamente advoga, e em frente a uma numerosa e entusiástica plateia aconselha: "Você foi extremamente sortudo por estar vivo.  Aproveite, pois, a vida intensamente".

E esse é o único valor existencial mais profundo e abstrato que a filosofia darwinista pode alcançar sobre o sentido da vida: Sorte

Quadro II



A Ciência de Verdade e a aleatoriedade das mutações

O termo aleatório faz parte da ciência matemática da Estatística. Não há nenhum modo de se por à prova científica que algo ocorre aleatoriamente a não ser pela Estatística. Sendo assim a palavra final sobre a hipótese do processo essencial da teoria de Darwin - a mutação aleatória -  tem que passar às mãos da Estatística. 

Ainda que não fosse possível mostrar estatisticamente que a aleatoriedade darwinista é absurdamente improvável ela só poderia se afirmar científicamente se fosse provada estatisticamente como provável, o que certamente não foi.

Mas esse nem é o caso pois, há sim trabalhos que provam a imensa improbabilidade da aleatoriedade na origem da vida e da evolução das espécies.

E é isso que a gente procurou saber; e conseguiu.

Encontramos respostas em trabalhos de alguns cientistas de primeira linha com DADOS ESTATÍSTICOS muito além dos costumeiros jargões, dogmas e sofismas.
   
Dentre outras, nessa busca achamos duas demonstrações sobre isso em dois importantes livros de Michael J. Behe, Phd, professor-adjunto de bioquímica da universidade de Lehigh: “A Caixa Preta de Darwin” e “The edge of evolution: the search for the limits of Darwinism,  

No “The edge of evolution” Behe faz uma análise estatística detalhada das mutações que o micro organismo da malária desenvolveu nesses tantos anos que esta sob o escrutínio da análise científica quando logrou ganhar resistência a novos medicamentos que foram aparecendo. Esta análise, feita com dados históricos reais e em volume suficientemente significativo, mostra conclusivamente a impossibilidade estatística dessas mutações benéficas para o micro organismo terem sido aleatórias. 

Embora voltado ao leitor leigo o livro é um tanto pesado, mas o fato é que aquele que quiser insistir na aleatoriedade darwinista tem que buscar primeiro contestar racionalmente as estatísticas que comprovam categoricamente a não aleatoriedade no caso real que o livro minuciosamente recolheu e sistematizou. Não vale mais passar por cima delas

Achamos também os dados que queríamos num texto conclusivo e sintético do livro “Evolução Criativa das Espécies” de Amit Goswami, Phd em física nuclear, professor titular de física teórica da Universidade de Oregon. Ei-los: 

“Só os cálculos de probabilidade já tiram do darwinismo a capacidade de explicar a evolução seja ela micro ou macro. O biólogo Robert Shapiro (1986) mostrou que o número de eventos aleatórios disponíveis em um bilhão de anos é de 2,5 x1051. O astrofísico Arne Wyller (2003) com base em premissas muito conservadoras deduziu que para criar um bilhão de espécies multicelulares que existiram na terra até hoje, segundo o biólogo de Harvard Richard Lewontin, teriam sido necessários mais de 101000000000000(Tri) eventos aleatórios. 

E este número é obviamente muiiiiiito maior do que o número de eventos aleatórios disponíveis segundo Shapiro.” Portanto bota ‘não dá’ nisso! 

E isso apenas quando se está falando da origem das espécies a partir da primeira célula viva (com DNA).

E quando se trata da origem da própria vida? Isto é, de como da matéria inanimada, possa ter saído a primeira célula viva também aleatoriamente - pois aleatoriedade é o dogma materialista absoluto e fundamental e se propões a explicar TODA a vida. E note bem esse é um processo anterior à evolução.

Vamos ver o que diz Sir Fred Hoyle, Professor emérito de Astronomia e Filosofia experimental da Univ. Cambridge, e Membro da academia Nacional de Ciência Americana em seu livro: “O Universo Inteligente”: 

“Se um sujeito de olhos vendados realizasse um movimento por segundo tentando resolver [o conhecido quebra cabeças] “cubo de Rubick” necessitaria de trezentas vezes a idade da Terra, 1350 bilhões de anos, para resolver o cubo.
A probabilidade de cada movimento não realizar o perfeito ajustamento das cores em todas as faces do cubo é de cerca de 5 seguido de 20 zeros para 1.
Essa probabilidade é aproximadamente igual a que se pode atribuir à ideia de que apenas uma das proteínas de nosso corpo possa ter evoluído por acaso. Assim sendo, para os cerca de 200 000 tipos de proteínas em nossas células a probabilidade é inimaginavelmente menor” 

Portanto a resposta à validade científica da ideia de mutação aleatória na origem das espécies e na origem da vida ao acaso é decisivamente respondida pela ciência matemática da estatística com um NÃO trazendo consigo zilhões de zeros de improbabilidade. 

E isso é muito grave! Pois que aqui se caracteriza no mínimo uma omissão generalizada de toda uma comunidade científica e intelectual na comunicação sobre um assunto o que influencia diretamente nosso modo de perceber a Vida, nosso modo de tratar e conduzir nossa existência.

Não é à toa que a Vida tem sido levada ao declínio consciencial que se torna mais evidente a cada dia.

E sobre isso o cientista Sir Fred Hoyle pergunta: 

“Como conseguiu a teoria darwinista durante mais de um século ser aceita como uma ideologia pela chamada opinião esclarecida? Por que razão é essa teoria defendida ainda com tanto vigor? Pessoalmente tenho poucas dúvidas que os futuros historiadores da ciência considerarão bastante estranho que uma teoria obviamente tão limitada pudesse ser tão largamente aceita” 

Então qual a alternativa?
  
Muitas vezes quando se coloca essas ideias desmascaradoras da cientificidade do darwinismo pode-se ouvir a indignada pergunta: "Então o que é que você propõe em troca?"

Essa na verdade é uma questão logicamente viciada porque pressupõe que você só pode demonstrar que uma hipótese não é verdadeira quando tem uma alternativa para ela. Isso só realça a aversão que a cultura materialista reducionista tem ao “mistério” e às coisas que abrem o confinamento de suas barreiras mentais concretas.

Absolutamente essa obrigação de sabendo que uma coisa é mentira ter-se que também saber então qual é a verdade, não existe. Imagine se um delegado só pudesse  afirmar categórica e fundamentadamente um assassinato quando conseguisse  apontar o motivo e o autor.

Na verdade ao nível científico ainda não há uma teoria completa sobre a origem das espécies e menos ainda sobre a origem da vida (e será que isso é mesmo pra ser resolvido no nível científico?). Nesse sentido poderíamos dizer que para o pensamento racional essa questão é um MISTÉRIO.

Para consolo dos biólogos não é menos MISTÉRIO o que o Universo está sendo para os cosmologistas, a partir de novas descobertas dos últimos vinte anos,  que falam que o Universo é constituído por 95% de "Matéria Escura" e de "Energia Escura". 

Estas designações nada mais são que um eufemismo para "Matéria Misteriosa" e "Energia Misteriosa" pois chamando-as de "Escura" os cientistas encobrem sua ignorância sobre o assunto, quando na verdade pode ser até que elas sejam Transluminosas, mas certamente só para os que tem "olhos para ver"

Voltando ao darwinismo, a essência causal de tudo isso não sendo o Acaso não pode ser (pelo menos ainda não) cientificamente determinada.

Então isso quer dizer que temos que jogar fora toda a estrutura que hoje sustenta toda a academia biológica? Não necessariamente!

Falamos que o saque genial do darwinismo foi a proposta de um mecanismo recursivo para dar conta de toda a diversidade da vida e esse mecanismo pode ser preservado só, que completamente dessacralizado. 

Mas ideologicamente a mudança é profunda e abala completamente o poder racionalista reducionista, pois assim na verdade 'desdogmatizamos' o darwinismo e isso é uma imperdoável heresia! Melhor, portanto, (para eles) será continuar na mentira!
Quadro III


A caixa [1] FATOR(?) DE MUDANÇA, fica em aberto a espera de que a ciência ou/e a metafísica ou/e a religião possa lhe dar sentido, e a relação entre [3.1] e [1] não mais se dá necessariamente em pequenos passos mas em saltos. 

Voltamos às trevas? Ou será que estamos precisando de novos olhos para VER?



Ciência e Religião integradas em seu sentido existencial profundo.


Quanto à Ciência e à Religião (não me refiro à instituições religiosas) em seus legítimos e superiores espaços devem ser sem dúvida consideradas essenciais e complementares no auxilio ao desenvolvimento existencial da humanidade; à Ciência cabendo as questões do “Como” e do “Por que Causal” (qual a causa de?) e à Religião e/ou à Filosofia questões como: “Qual o sentido?” “Qual a essência?” “Qual o valor existencial?”, “Por que as coisas e a humanidade chegaram ao ponto em que estão”...

Além disso, cabe também à Religião promover processualmente a elevação e harmonização estável da consciência de cada um e integrá-la, assim renovada, à consciência coletiva da humanidade e ainda, mais além, à consciência da Vida Cósmica Universal. E quando assim fizer a Relig-ião se sacraliza e se torna Gnósis.

E isso não é uma utopia!

 O Cristianismo gnóstico Cátaro logrou estabelecer as bases práticas de uma integração entre cultura, arte, política, economia e  relig-ião integradas em uma nação - a Nação Cátara - que foi, num breve período de cerca de 200 anos pelos meados dos secs XIII e XIV, a civilização mais livre e avançada da Europa naquele tempo e, porisso mesmo, teve que ser dizimada pela igreja romana em aliança com o rei francês na tristemente sangrenta cruzada contra os cátaros.

Veja sobre isso nesse blog: A Nação Cátara - O Reino Esquecido

E assim ficamos aqui com:

“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”
 e 
"Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima” 




Não deixe de ver esse vídeo abaixo. Se o tivesse visto antes nem perderia tempo escrevendo este artigo. Está tudo aí nesse maravilhoso Ariano Suassuna.



Veja também:


"Revolução na genética: DNA não é único e mutações podem não ser aleatórias"


"Scientists have found that memories may be passed down through generations in our DNA"


Paulo Azambuja


Março de 2013

http://pauloaza.blogspot.com.br