sexta-feira, 10 de maio de 2013

O Bóson de Higgs - A “Partícula de Deus” ou a “Partícula de Authades”?



Amigos:

Trago-lhes um vídeo: "Físico explica o Boson de Higgs a partícula de Deus" , muito didático, em que um cientista explica muito palatavelmente esse tal de “Bósom de Higgs”, chamado pela mídia de a “Partícula de Deus” e que recentemente deu o prêmio nobel de física de 2013 aos seus dois descobridores.

Vou aproveitar a explicação bastante clara do vídeo para fazer algumas reflexões colocando no contexto alguns fundamentos gnósticos.

François Englert e Peter Higgs - Premio nobel física - 2013
Mas antes gostaria de considerar que os cientistas deveriam prestar mais atenção e serem semântica e filosoficamente mais rigorosos com alguns dos termos que usam. Nesse vídeo, por exemplo, ele diz "o espaço VAZIO, CHEIO (!) de partículas (os Bósons de Higgs). A ciência tem que parar de usar inconsistentemente termos como "vazio e nada". Essa é uma terminologia ultrapassada para a própria ciência atual, sendo mais apropriada para o mecanicismo do sec XIX. Aprendam com os mais antigos: "Não há espaço VAZIO"! "Não há o NADA"!

Passo então às seguintes considerações:  

Até então tem se considerado que a MASSA é uma propriedade fundamental dos objetos em manifestação, mas o que foi didaticamente bem colocado no vídeo mostra que não. A propriedade fundamental da manifestação é na verdade a VELOCIDADE.

As diferentes velocidades dos objetos manifestados é que lhes dão suas identidades e variedades fundamentais (seu SER). E só a interação entre suas respectivas velocidades com o ESPAÇO é que lhes dão suas massas, que caracterizam as suas identidades e variedades manifestadas (seu ESTAR).

Uma analogia significativa é considerarmos o espaço-fêmea como um oceano totalmente preenchido por infinitas ovas-quânticas: as “partículas de Higgs” e sobre essas ovas-Higgs o Espírito-macho esparge o seu sêmen-Luz
Muitos desses espermatozoides-Fóton passam direto, intocados, enquanto que alguns “penetram” nas ovas-Higgs. Dá-se então a fecundação quântica fundamental gerando a variedade, a diversidade de partículas materiais: o princípio quântico do Universo Imanente.

Portanto a Massa é uma relação entre a seidade - essencialidade - de um objeto e sua peculiaridade de manifestação.

O SER na sua absoluta transcendência é pura Luz.

O primeiro contraste nas primícias da manifestação se faz pela diferenciação básica fundamental: LUZ x TREVAS, ou em termos mais científicos: LUZ x ESPAÇO. Eis a polaridade fundamental, o primeiro casal. (Luz – masc.; Espaço – fem.).

Aqui poderíamos abrir, em desdobramento ao que acabamos de colocar, uns parágrafos para falarmos dos fundamentos sacramentais do verdadeiro e CRIACIONAL Casamento Alquímico. Mas não vamos fazê-lo porque acredito que o atual momento “eônico” não anda muito apropriado para nenhuma abordagem profunda, sacramental, sobre o casamento. Mas fica a referência, pense nela!

A LUZ brilha nas TREVAS, no ESPAÇO, mas não se mistura absolutamente com ele. “A LUZ brilha nas TREVAS, mas as trevas não a reconhecem.”

E isso, em termos físicos, significa que a velocidade da luz é uma constante universal invariável, intocável pelo espaço, isto é, a luz não interage com o espaço, não tem massa. E é aí que encontramos, na física, a constatação científica do dualismo gnóstico - LUZ vs TREVAS.

Mas se as coisas ficassem só nesse ponto: LUZ x TREVAS, a manifestação seria tão somente um eterno, circular e estéril anti-diálogo do EU SOU  com o EU NÃO SEI.

Porisso,  a manifestação só se completa, se dinamiza e se desenvolve num segundo momento da Criação, que é quando a LUZ se doa parcial e diferenciadamente às Trevas.

Em outros termos a Luz perde velocidade!  E aí a Luz vai se diferenciando - SE MANIFESTANDO - nas diversas partículas/onda do espectro quântico e eletromagnético.

A Luz deixa parcialmente de SER (perde VELOCIDADE) para poder ESTAR no espaço (ganha MASSA) e ali criar uma existência dinâmica diferenciada que é o objetivo fundamental da manifestação.

A LUZ se doa, perde-se um pouco, CAI, ganha massa; interage  com o espaço, e essa interação se faz por um freio - que diminui a velocidade e a transforma parcialmente em condensação, resistência, atrito, inércia... - a massa.
Essa resistência é  partícula de Higgs
A LUZ envia seu filho unigênito para fora da CASA DO PAI - o ESPAÇO; encarna-se a partir da imaculada, da intocada LUZ original - aquela de velocidade constante, imutável.

Portanto, pelo exposto, se ainda precisarmos de uma retórica “teológica” para esse assunto, mais apropriadamente, seria chamarmos o Fóton como a “Partícula de Deus” e o Bósom de Higgs a “Partícula da Queda” ou como diriam os gnósticos a “Partícula de Authades”, o Demiurgo de Platão.

Paulo Azambuja


Veja a continuação e o desdobramento dessa postagem em: "E=MC2– A Manifestação e o Retorno"