domingo, 17 de março de 2013

Bem Aventurados os Pobres em Espírito


Em Assis um moço rico veio a confrontar-se com a inesgotável riqueza dos “Tesouros do Céu” frente aos quais tudo que tinha era pó e loucura. Então passou a compartilhar essa inesgotável abundância com toda a natureza. E são esses tantos Franciscos os pobres-ricos a serem convertidos pela Graça de Deus. 


Certamente ajudarmos aos desassistidos, em suas necessidades materiais e políticas é uma atitude positiva de civilidade e solidariedade humanas. 

Mas não a supervalorizemos, confundindo  humanidade com espiritualidade.

E isso tanto vale para nós como para as Instituições, mais ainda as religiosas. 

“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”; 

“Meu reino não é desse mundo”.

Porque na verdade: 

“Bem aventurados [são] os pobres [os carentes] em espírito”.

Os carentes do Absoluto!  

Os que, em qualquer camada social, econômica ou cultural, se reconhecem atolados em seus bens físicos, psíquicos e mentais;  aos dogmas e rótulos que  aceitam lhes serem impostos  pela  sociedade, mídia, controles mental e emocional, religiões , etc.

Esse acúmulo de “bens” acaba sempre de novo transbordando e voltando-se contra as suas próprias estruturas (sejam elas pessoais ou institucionais).

Então nessa hora apela-se ao hábil artesão que já há mais de  1800 anos aplica de novo o “cristianismo de recauchutagem”,  do “vinho novo em odres velhas”  dos reluzentes e agradáveis “túmulos caiados de branco".


Mas os ossos; Ah! Os ossos ...

 Aí dos que tentam remove-los desse grande mausoléu institucional!

Por: Paulo Azambuja