Amigos
Eis um diálogo
Amiga:
"Como organizar o conceito de Iniciações e a Realização com o Self, ou como se queira chamar tal estágio que um Tolle, Mooji e Ramana, por exemplo alcançaram?
Ex.: a 3a. Iniciação, tamb chamada de Transfiguração é uma inic. chave e que não corresponde, a meu ver, com o que alcançaram Tolle e Ramana - acho que eles estão mais altos... No livro a Os 7 Raios e as Iniciações, Alice Bailey através do Tibetano dá um show de conhecimento sobre o tema, mas não fica claro este aspecto, pelo menos não recordo - li há tempo!"
Minha resposta:
Primeiro que tudo afastar todo o desejo e a ânsia de alcançá-lo e tão somente se ater ao que você É, sabendo também que trazemos em nós semi-latente um "outro" um Theohomem Divino, mas dominado, enclausurado, por forças tanto na psique, como no corpo, como no ambiente ao redor, que se apropriaram desse Theohomem e o revestiram de uma armadura controlável (por essas forças) instável, boa-má, LIMITADA e, portanto, MORTAL.
De forma alguma devemos tratar de MEDIR quem alcançou e se o nível tal vem depois ou antes do qual.
Essa indevida procura é um dos grandes desvios desses ensinamentos esotéricos ou porque tenham sido mal ensinados, ou porque tenham sido mal compreendidos, ou até mesmo porque assim é nos mais cômodo tratar, sem transcender, essa questão.
Ora, se a meta é o Novo Homem, a Nova Consciência, integrada com o UM - a Consciência Divina ("Seja feita a SUA VONTADE e não a minha"), como é que ao mesmo tempo, em flagrante contradição e sob o pretexto de alcança-lo, nos preocupamos com uma taxonomia, uma fragmentação em esquemas hierárquicos de vários níveis de iniciações, mestres etc.
Não, aqui não cabe: mais-menos; maior-menor; pior-melhor...
É exatamente ao contrário. É sair dessas dicotomias e comungar com o TODO, cujo menor é o TODO, cujo maior é o TODO cujo melhor é o TODO cujo pior é o TODO cujo mestre é o TODO e cujo discípulo é o TODO.
Recolhamo-nos ao nosso genuíno anelo interior pela Gnósis e teremos o nosso justo soldo. Aqui cabe dar uma olhada na parábola cristã dos Talentos.
A Luz em nós quando liberada, Ela e só Ela será a primeira a reconhecer a justiça desse nosso “soldo”.
Os mestres citados e não citados não são melhores nem piores que ninguém (“Não há um justo, nem um sequer." Romanos 3:10 - Paulo de Tarso).
Os verdadeiros mestres o são porque são servos - adoradores - absolutos da luz liberada neles - e não deles!!
E aí, nessa possibilidade de adoração limpa, completa é que eles se caracterizam como tal.
O néctar, o Graal, o alimento para esse princípio espiritual encapsulado em nós está mais perto que mãos e pés, portanto, não precisamos procurá-lo.
O anelo é o pré requisito único, fundamental, e nós não fizemos nada para tê-lo.
O anelo nos veio de GRAÇA.
E então a conversa segue entre nós os anelantes.
A partir do anelo, vem a busca e para encetá-la devemos cuidar em nos auto organizarmos para esse rumo, sendo como somos. Esse próprio processo de auto organização gerará em nós uma observação mais clara e inteligente, abrindo assim brechas nesse nosso espesso entorno nebuloso, fazendo com que a própria LUZ recupere o seu espaço usurpado e transfigure o corruptível em incorruptível, o mortal em imortal, o Homem no Theohomem.
E aqui não há nenhuma, iniciação nem finalização, posto que a ação parte toda da própria LUZ, que não é você.
A LUZ que é ETERNA sem início e sem fim.
Para concluir sugiro ver esse vídeo.
Paulo Azambuja
6 comentários:
Apreciei muito essa leitura. Obrigada pela clareza com que você se dispôs a escrever. Para mim, foi muito oportuno esse post.
Mais uma vez, obrigada
Caro Paulo, depois da sorte grande que encontrei ao ler, ver e ouvir o texto/palestra/clipes em Atualidade do Cristianismo Gnóstico, tenho que dizer que o conteúdo de "iniciação: Como organizá-la?" é uma plenitude. Que bom ter lido isto. Saúde !
Isto sim é plenitude na informação.
Este texto é uma sanidade. Quanta clareza !
Isto tudo é sanidade !
Muito bom! Texto e vídeo muito esclarecedores!
Postar um comentário